"Milhares de pessoas morrem todos os anos na fila de transplante esperando que alguém compatível morra. É um sistema macabro e ineficiente. E se pudéssemos imprimir um rim novo, novinho em folha, usando as próprias células do paciente? A bioimpressão 3D está transformando ficção em terapia clínica."
A Tinta é Viva
Uma impressora 3D comum usa plástico derretido. Uma Bioimpressora usa "Bio-tinta": um gel rico em nutrientes carregado de células-tronco vivas retiradas da gordura ou pele do próprio paciente.
A máquina deposita essa tinta camada por camada, criando a estrutura tridimensional de um órgão. Como as células são do próprio paciente, o risco de rejeição é zero. O paciente não precisa tomar imunossupressores pelo resto da vida.
O Desafio da Vascularização
Já conseguimos imprimir tecidos simples: pele, cartilagem (orelhas, narizes) e mini-fígados para testes de drogas.
O Santo Graal é imprimir órgãos complexos e vascularizados (coração, rins). O desafio é imprimir os micro-capilares sanguíneos que alimentam as células antes que elas morram de fome. Estamos a menos de uma década de ver o primeiro coração humano impresso bater no peito de um receptor. A escassez de órgãos será uma nota de rodapé na história da medicina.

